Prefeito é preso em operação contra desvios em coleta de lixo

Itaperuna 14 de fevereiro de 2023

Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão, e Caio Tokarski, vice dele, estão entre os alvos da operação Mensageiro

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice Caio Tokarski (União Brasil) foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) nesta terça-feira (14). Investigado na Operação Mensageiro, que apura esquema de corrupção na coleta de lixo em Santa Catarina, Ponticelli é o sétimo chefe de executivo municipal detido na ação.

O objetivo da investigação é apurar também a suspeita de fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. A ação está em sigilo e já ocorreu no Vale do Itajaí, Sul catarinense e Norte.

Ao todo, nesta manhã também são cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Estado, em especial em Tubarão, cidade localizada no Sul catarinense com 106 mil habitantes.

Prefeito de Tubarão, Ponticelli já foi deputado estadual e chegou a presidir a Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Já Tokarski é advogado e suplente de deputado federal. O g1 SC não conseguiu contato com a defesa dos políticos presos.

A prefeitura do município se manifestou em nota onde informou que o prefeito e o vice acompanharam na prefeitura a ação dos agentes e prestaram todos os esclarecimentos solicitados. O documento diz ainda que o expediente na administração municipal segue normalmente (confira a íntegra da nota no fim da reportagem).

Operação

Deflagrada no ano passado, a ação já teve duas fases anteriores. A primeira ocorreu no início de dezembro, com quatro prefeitos presos, tomada de depoimentos e buscas por documentos. Já a segunda foi deflagrada no início deste mês.

Somente na primeira fase foram apreendidos R$ 1,3 milhão de reais em espécie localizados nas residências e locais de trabalho dos alvos investigados. Segundo o MPSC, as ações desta terça têm base depoimentos de testemunhas, investigados e provas coletadas ao longo das ações.

Outros presos

Desde que foi deflagrada, o Ministério Público de Santa Catarina cumpriu 120 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão. Todos os políticos seguem detidos. Além do Gaeco, participam da ação a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, que atua, em conjunto o Grupo Anti-Corrupção do Ministério Público (Geac).

fonte:G1

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