Brasil bate recorde de mortes por dengue em 2022
Itaperuna 28 de dezembro de 2022
No total, o país acumula 987 óbitos pela doença durante o ano, além de 100 em investigação.
O Brasil registrou o maior número de mortes pela dengue em 2022, mostra o novo boletim epidemiológico sobre arboviroses divulgado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira 26.
No total, o país acumula 987 óbitos pela doença durante o ano, além de 100 em investigação. Antes, o maior número de vítimas fatais havia sido registrado em 2015, quando 986 pessoas morreram em decorrência do vírus.
Os estados com mais mortes pela dengue foram São Paulo, com 278; Goiás, com 154; Paraná, com 108; Santa Catarina, com 88, e Rio Grande do Sul, com 66. O total de óbitos em 2022 é 301,2% mais alto que o do ano anterior, quando foram 246 vidas perdidas.
Em relação aos diagnósticos, foram 1,4 milhão de casos identificados no país, um aumento de 163,8% em comparação com 2021. Porém, houve um leve recuo de 7,7% sobre as 1,5 milhão de infecções em 2019, antes da pandemia.
Como a dengue é uma doença cíclica, especialistas explicam que ela costuma provocar ondas maiores de três em três anos. A região mais afetada em 2022 foi a Centro-Oeste, com uma taxa de incidência de aproximadamente 2.028 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão as regiões Sul, com 1.047 casos; Sudeste, 517; Nordeste, 425, e Norte, com cerca de 261 diagnósticos a cada 100 mil pessoas.
Os municípios com mais registros foram Brasília, com um total de 68.654 infecções; Goiânia (GO), 54.052; Aparecida de Goiânia (GO), 26.277; Joinville (SC), 21.422; Araraquara (SP), 20.966, e São José do Rio Preto (SP), com 20.025 casos de dengue.
Os dados de 2022 são até o dia 17 de dezembro.
Falta de coordenação no combate à doença
Em novembro, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já havia emitido um alerta sobre a possibilidade de o recorde de óbitos ser atingido neste ano, com uma “tendência real de chegarmos perto de mil mortes”.
No documento, a entidade pede mais atenção às medidas preventivas da doença, como o combate ao mosquito vetor do vírus, o Aedes Aegypti.
Fonte: Carta Capital