O Jogo de Palavras e as Promessas Vazias no Cenário Político Local

Itaperuna 28 de janeiro de 2025


Nos bastidores da política, onde discursos encantadores prometem resolver o impossível, a realidade insiste em mostrar um cenário preocupante. Enquanto a gestão pública enfrenta problemas básicos – como a falta de maquinário, equipes despreparadas e a presença de pessoas fora de lugar – surgem personagens que preferem se esconder atrás do dom da palavra, perpetuando ilusões em vez de entregar soluções.

Reuniões recentes escancararam as dificuldades de alinhar a máquina pública. Secretarias inteiras estão à deriva, sem as ferramentas necessárias para trabalhar, enquanto acordos antigos se perdem no silêncio daqueles que deveriam honrá-los. Silêncio, aliás, que também ecoa nos canais de comunicação. Uma gestão que não responde às demandas básicas de seu povo (creches estão sem poder comprar merenda)– seja por mensagens ou até mesmo chamadas urgentes – transmite mais do que desorganização: evidencia um descompromisso que não pode ser ignorado.

Enquanto isso, a população, em um misto de esperança e cautela, ainda aguarda os resultados do governo que acaba de começar. Há uma expectativa natural de que as coisas entrem nos eixos, de que as promessas ganhem forma. No entanto, enquanto o povo espera, a boiada está passando. Decisões são tomadas, interesses são alinhados, e o tempo corre. E quando os primeiros sinais de crise surgirem, como já ocorreu no passado, a população será forçada a cobrar – salários atrasados, promessas não cumpridas, ações que nunca saíram do papel. Mas cobrar quando tudo já desandou pode ser tarde demais.

Foi assim no final da gestão anterior, quando os problemas atingiram um ponto tão crítico que nem as cobranças mais legítimas encontraram respostas. O que resta, então, é um alerta: não podemos esperar que o caos se instale para começar a agir. A política precisa ser acompanhada de perto desde o início. Não há espaço para discursos vazios ou para uma gestão que priorize o jogo de poder em vez do bem coletivo.

A população merece mais do que promessas e narrativas bem ensaiadas. É preciso cobrar desde já, acompanhar com atenção e exigir transparência. Afinal, discursos encantadores não resolvem problemas, mas ações concretas podem evitar que os mesmos se tornem irreversíveis.


O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA

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