Escândalo Político: Operação da PF Investiga Washington Reis e Envolve Milhões em Corrupção na Baixada Fluminense
Itaperuna 14 de dezembro de 2024
Netinho Reis, prefeito eleito de Caxias, também foi alvo da operação que cumpriu 22 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada e capital fluminense. Na casa de um dos alvos a polícia apreendeu mais de R$ 2 milhões em dinheiro.
A Polícia Federal fez uma operação, na manhã desta sexta-feira (13), contra suspeitos de compra de votos e lavagem de dinheiro nas eleições de municípios da Baixada Fluminense.
Os agentes cumpriram mandados contra o secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis, o atual prefeito de Caxias, Wilson Reis, e a vereadora Fernanda da Costa, filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, e mais 11 vereadores.
Ao todo, a Operação Têmis cumpre 22 mandados de busca e apreensão nos municípios de São João do Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo movimentou cifras milionárias para financiar, ilicitamente, campanhas de candidatos a cargos políticos.
Na casa do investigado Wellington da Rosa, assessor do deputado Valdecy da Saúde e funcionário das prefeituras de São João de Meriti e Miguel Pereira, os agentes apreenderam R$ 2,28 milhões.
A justiça determinou bloqueio de R$ 10 milhões dos investigados.
Apesar de não haver uma ligação direta com Itaperuna no caso, a menção a Washington Reis e suas conexões com políticos locais serve para alertar a população sobre os impactos que essa rede de influência pode ter, não apenas na Baixada Fluminense, mas em várias outras cidades do estado do Rio de Janeiro.
Entre os alvos estão:
- Washington Reis, secretário de Transportes do Rio de Janeiro;
- Wilson Reis, atual prefeito de Duque de Caxias;
- Netinho Reis, prefeito eleito de Caxias;
- Valdecy da Saúde, deputado estadual;
- Fernanda da Costa, vereadora de Caxias;
- Wellington da Rosa, assessor do deputado Valdecy da Saúde.
Investigações
As investigações começaram em outubro, quando um homem foi preso em flagrante em Duque de Caxias, com R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de compra de votos.
Há indícios de que empresas contratadas pelo poder público eram utilizadas para favorecer agentes políticos em suas campanhas, com o fim de manter a hegemonia do grupo nesses municípios.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
Fonte G1/adaptação Flávia Pires