Itaperuna: Mediadora denuncia descaso do Prefeito Alfredão com servidores da educação

Itaperuna 05 de dezembro de 2024


Trabalhadora relata demissão abrupta por telefone, dificuldades para receber direitos trabalhistas e falta de suporte para aluno autista.


Uma mediadora da Escola Municipal Sítio São Benedito denunciou o que classificou como “descaso” por parte da gestão do prefeito Alfredão com os servidores da educação. Segundo o relato, a trabalhadora foi dispensada por telefone sem explicações detalhadas, enfrenta graves problemas para receber seu pagamento e relatou dificuldades para acessar informações ou assistência junto à Secretaria Municipal de Educação (SEMED).


A mediadora, que atuava no suporte a um aluno autista, conta que trabalhou até um dia antes do feriado do dia 20 de novembro. No entanto, no dia 25, recebeu uma ligação da diretora da escola informando que não precisaria mais comparecer, já que seu nome constava em uma lista de servidores que seriam dispensados. “A diretora é uma pessoa maravilhosa, mas só cumpriu ordens da SEMED“, afirmou.

Após a demissão, a trabalhadora aguardou seu pagamento, que não foi depositado como esperado no dia 30. “Fui à SEMED para saber da situação, mas não fui atendida diretamente. Apenas deixam a gente na recepção e levam bilhetes para quem está lá dentro”, relatou. Segundo ela, o tratamento é generalizado para outros servidores que enfrentam o mesmo problema. “Nos colocaram como se tivéssemos trabalhado apenas até 30 de outubro e pronto, mas não pagaram o restante.”

Além disso, a mediadora destaca sua preocupação com o aluno que atendia. “Não tive chance de me despedir ou explicar para a família. Nem sei se eles foram informados ou se acham que abandonei o serviço.”


A trabalhadora também reclamou da dificuldade de acessar informações básicas, como uma cópia de seu contrato de trabalho, que foi prometida apenas para 15 dias após o pedido. “Estamos sendo tratados com descaso. Não há explicação, não há suporte. Apenas silêncio e burocracia”, lamentou.

Outros trabalhadores da educação na cidade também relataram situações similares, levantando dúvidas sobre a gestão de contratos e pagamentos pela prefeitura.


O aluno autista que recebia suporte da mediadora ficou sem acompanhamento imediato, o que pode ter impacto significativo em seu desenvolvimento e na rotina da escola. “A SEMED deveria, no mínimo, garantir uma transição adequada para o bem-estar das crianças que precisam de suporte especializado“, destacou a mediadora.


O caso expõe não apenas o impacto da gestão da prefeitura nos direitos dos servidores, mas também nas vidas das crianças atendidas. A mediadora pede que a situação seja esclarecida e que a gestão municipal respeite os trabalhadores e os alunos da rede pública. “Estamos lutando por dignidade e pelo direito de sermos ouvidos“, finalizou.


Até o fechamento desta matéria, a Secretaria Municipal de Educação não havia se pronunciado sobre as denúncias.

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