Chiquinho Brazão deixa o cargo de secretário especial de Ação Comunitária da prefeitura do Rio
Itaperuna 02 de fevereiro de 2024
Ele é irmão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, um dos investigados pela PF no processo do homicídio da vereadora Marielle Franco
Chiquinho Brazão (União Brasil) pediu exoneração do cargo de secretário especial de Ação Comunitária do município do Rio para reassumir a cadeira de deputado federal. Na secretaria, será substituído pelo ex-deputado estadual e suplente de deputado federal Ricardo Abraão, também do União Brasil. Ricardo é filho do ex-prefeito de Nilópolis, Farid Abrão David, já falecido. Ele é também irmão do bicheiro Anísio Abrão David. Os dois também já presidiram a escola. Apesar de eleitos pelo União Brasil, os dois deram entrada na Justiça Eleitoral para mudarem para o partido Republicanos, base de apoio do prefeito Eduardo Paes..
Os atos foram publicados no Diário Oficial do Município desta quinta-feira. Procurado, o prefeito Eduardo Paes não comentou a mudança. Chiquinho Brazão também foi procurado, e também não se manifestou.
Chiquinho Brazão, que ficou apenas quatro meses no cargo, é irmão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, um dos investigados pela Polícia Federal no processo dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O conselheiro foi citado em delação premiada do ex-PM Elcio de Queiroz, que está preso desde 2019, acusado de dirigir o carro usado no crime.
No fim do ano passado, o acusado de atirar na vereadora e no motorista, o ex-sargento da PM Ronnie Lessa, acertou um acordo de delação premiada, que ainda não foi homologado pelo Superior Tribiunal de Justica (STJ). Domingos Brazão é até agora o único nome conhecido com foro de prorrogativa de função, o que justifica a consulta ao STJ.
O conselheiro nega qualquer envolvimento com o caso, ressaltando que sequer conhecia a parlamentar. A notícia da delacão foi publicada pelo blog do colunista Lauro Jardim. A PF investiga se o assassinato foi motivado por uma questão fundiária em Jacarepaguá.
O Globo