Fiscalização em sede de empresa responsável pela locação dos reboques leva à cassação de licença

Itaperuna 19 de setembro de 2023

Fiscalização em sede de empresa responsável pela locação dos reboques leva à cassação de licença
No último sabado 16 ,os deputados Rodrigo Amorim, Filippe Poubel e Alan Lopes estiveram na sede da APL e constataram uma série de irregularidades. Os bombeiros e a Light foram chamados ao local.

Os deputados Rodrigo Amorim (PTB), Alan Lopes (PL) e Filippe Poubel (PL) seguem incansáveis na luta contra o que têm chamado de “Máfia dos Reboques” no Rio de Janeiro. Desde que os dois primeiros se envolveram em uma confusão com agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), no dia 24 de agosto, no entorno do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, por conta de uma operação de ordenamento, o trio que integra a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu fazer uso de seu poder de fiscalização para investigar possíveis irregularidades no serviço prestado à população do Rio de Janeiro.
No último sábado, 16, os deputados estiveram no pátio de operações da APL, na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, na Zona Oeste da cidade. A empresa é a responsável pela locação de reboques para o governo do Estado e algumas prefeituras, além da guarda dos bens apreendidos nas operações e também o leilão desses bens. No local, os deputados contam que foram recebidos por um segurança que não soube onde encontrar os documentos solicitados pela diligência. De acordo com Amorim, tratavam-se de documentos obrigatórios, como alvará de funcionamento, licença do Corpo de Bombeiros e a apólice do seguro.
“Eram documentos simples que precisavam estar expostos em local visível da empresa”, disse Amorim. E completou: “Independentemente da fiscalização acontecer durante a semana ou no final de semana, uma coisa não tem nada a ver com a outra, os documentos precisavam estar lá à disposição, mas o vigia que nos atendeu não conseguiu localizá-los”.
Os deputados ainda insistiram em ser recebidos por algum representante da APL e, depois de algum tempo, conseguiram fazer contato com alguém da empresa por telefone, que garantiu que os documentos existiam, mas que estavam fechados em uma sala e que tudo poderia ser tratado na segunda-feira de manhã cedo.
Ao todo, os deputados permaneceram no local por aproximadamente cinco horas e encontraram algumas supostas irregularidades, o que acabou levando ao envolvimento de outros órgãos, como a Light, que foi chamada para verificar a possibilidade de furto de energia elétrica, e o Corpo de Bombeiros, responsável pela emissão dos documentos que não estavam sendo localizados.
Poubel conta que o Corpo de Bombeiros atendeu prontamente ao chamado, chegando ao local munido da segunda via dos documentos e dos projetos que embasaram o certificado de autorização original. Mas quando foram confrontar os documentos originais com a realidade local, tiveram uma surpresa.
“Eles viram que havia uma diferença gigante, porque, na solicitação, a APL declarou uma área construída de pouco menos de 900 metros quadrados, quando na verdade a área construída era muito superior a isso”, destacou Poubel. Para o parlamentar, não há dúvidas de que os responsáveis agiram de má fé. “Eles fizeram isso de propósito, porque quando você declara uma área superior a 900 metros, existe uma série de exigências que precisam ser atendidas, relacionadas a sistemas de incêndio, toda uma burocracia, e no entanto eles omitiram essa informação”, disse.
O Corpo de Bombeiros emitiu uma notificação cassando o certificado de autorização para funcionamento do pátio. Também foram encontrados no pátio da APL peças de carros, como pneus, motores, balanças e amortecedores, o que levantou a suspeita do funcionamento de um desmonte clandestino no local.
“Nós estamos diante de um pátio que armazena veículos e depois leiloa. Mas este pátio não tem nenhuma autorização para desmanche de peças”, alertou Alan Lopes.
Por consequência da cassação do certificado de autorização, automaticamente a empresa perde o alvará e fica impedida de operar. Para voltar a operar, a APL precisará resolver todas as pendências.
“Isso é uma organização criminosa que a gente está desbaratando hoje neste cemitério de veículos dessa máfia”, concluiu Amorim.

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