O artista brasileiro que cria rostos para figuras históricas e personagens de ficção
Itaperuna 31 de março de 2022
Hidreley Diao, de de Botucatu, em São Paulo, ganhou destaque internacional com sua arte digital.
Você já imaginou como seria seu personagem favorito de um desenho animado se eles existissem na vida real? Ou já pensou como seria o rosto de uma figura histórica da qual não temos imagens?
O artista Hidreley Diao, morador da cidade de Botucatu, a 235 quilômetros da cidade de São Paulo, não ficou só na imaginação e tornou esses personagens quase reais, chegando a confundir muita gente que vê suas criações, feitas através de softwares e inteligência artificial (IA), no Instagram.
Hidreley era “retratista” conta que começou seus primeiros trabalhos desenhando pessoas que o procuravam. Com lápis e papel nas mãos, o artista reproduzia as imagens de “modelos” que posavam para ele.
“Fiz muito isso no passado. Hoje eu não tenho muito tempo pra fazer, mas de vez em quando sempre aparece alguém que quer dar um presente legal e eu consigo arrumar um tempinho”, conta.
Hildreley, que também é jornalista e empresário, foi se aperfeiçoando e conhecendo novas técnicas voltadas para a internet. Ele participava de um site de desafios de Photoshop com objetivos diários através da criatividade. Foi aí que começou sua paixão pela arte digital.
No começo de 2021, o artista começou a usar inteligência virtual e softwares de edição de imagem devido a necessidade de ilustrar seus artigos para a revista de cultura pop Bored Panda, da Lituânia, onde trabalha, como modo de driblar a burocracia e restrições próprias do trabalho com relação ao uso de imagens de outros artistas.
E foi em um desses trabalhos que sua arte começou a fazer sucesso na internet, após ser publicada em seu perfil nas redes sociais. A primeira personagem que viralizou foi Napoleão Bonaparte (confira abaixo). Hidreley usou a IA para mostrar como seria, hoje, o líder militar que ganhou destaque durante a Revolução Francesa e morreu em 1821.
E não para por aí. Ele também simulou os rostos de Benjamin Franklin, Jesus, do pintor Michelangelo, Isaac Newton, Cleópatra, da Estátua da Liberdade e até de Zeus, o deus da mitologia greco-romana. Brasileiros também foram retratados por ele, como Zumbi dos Palmares, Elis Regina, Ayrton Senna – ele até mesmo mostrou como seria um filho da Xuxa com Pelé.
O processo de criação
O artista diz que o processo de criação começa a partir da escolha da pessoa que ele quer trazer para a realidade, geralmente personagens que serão reconhecidos com facilidade.
Após seleção, ele busca em bancos de imagens modelos que estejam na mesma posição do retratado e começa a tratar a imagem com ferramentas como o Photoshop. Para finalizar, Hidreley utiliza aplicativos de celular que utilizam inteligência artificial: o FaceApp, o Remini – para edição de imagens – e o Gradient.
Ele leva em média três horas pra fazer cada cada arte e só finaliza quando está satisfeito com o resultado, isto é, após a arte ficar com o realismo que deixe as pessoas impressionadas. Senão, ele não publica.
“Feito isso, eu posto no Instagram e deixo as pessoas comentarem como que que ficou, recebo muitas dicas e a tendência é só melhorar”, contou.
Sobre o sucessode suas imagens, Hidreleyafirma que a “ficha ainda não caiu”. Em pouco mais um mês após a postagem da primeira arte digital, ele saltou de 8 mil seguidores para mais de 195 mil.
“É uma coisa incrível, eu estava acostumado com poucas curtidas, poucos comentários. Agora uma postagem minha chega a onze, doze, quinze mil curtidas e mais de duzentos comentários. É muito bacana ver tudo isso, parece um sonho”, comemora.
Ele conta que até tenta responder a todas as mensagens que recebe, porém, por causa do volume, não está mais conseguindo. E seu desafio é criar mais de uma arte por dia.
O Povo
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