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Crise e Reviravolta no Palácio Guanabara: Cláudio Castro resiste à pressão e frustra plano de Bacellar; Portinho se fortalece nos bastidores

Itaperuna 27 de maio de 2025

O clima nos bastidores do Palácio Guanabara é de alta tensão. Informações de fontes próximas ao núcleo do governo indicam que o governador Cláudio Castro (PL) pode ter recuado da ideia de renunciar ao cargo para disputar o Senado em 2026, frustrando o plano que previa a ascensão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL), ao comando do Estado.

A possível permanência de Castro até o fim do mandato é vista por aliados como uma resposta firme diante do esvaziamento de sua pré-candidatura ao Senado, considerada frágil até por setores do próprio PL e lideranças influentes da Baixada Fluminense. Essas lideranças têm demonstrado resistência crescente a Bacellar, a quem acusam de comportamento prepotente, centralizador e com pouca habilidade para articulações políticas.

Nos bastidores, comenta-se que Castro está sendo pressionado por deputados da Alerj para abrir espaço à sucessão planejada, que envolveria ainda a ida do vice-governador Thiago Pampolha para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Contudo, fontes garantem que o governador tem sinalizado que não pretende deixar o cargo antes de concluir o mandato.

Enquanto isso, o cenário político começa a se reorganizar. Diante da rejeição crescente a Bacellar nas regiões Norte e Noroeste Fluminense, onde prefeitos e lideranças locais não escondem sua insatisfação, um novo arranjo começa a ser desenhado. O ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), estaria se movimentando para viabilizar sua reabilitação jurídica e se lançar como possível nome para o governo do estado.

Nesse novo desenho, surge com força o nome do senador Carlos Portinho (PL), que tem se mantido discreto, mas atuante nos bastidores. Portinho, que vem ganhando prestígio em Brasília e entre os líderes conservadores do Rio, é visto como uma opção sólida para representar o grupo no Senado — sobretudo se Cláudio Castro optar por não entrar na disputa.

Portinho, que já teve o nome cogitado em outras composições majoritárias, surge como figura de equilíbrio entre as diferentes correntes do PL e pode se tornar o novo trunfo do partido para 2026. A combinação entre sua postura moderada, apoio no Senado e bom trânsito com o eleitorado conservador fluminense o torna uma peça estratégica no xadrez político que se redesenha no Rio de Janeiro.

A possível chapa com Washington Reis e Wladimir Garotinho (atual prefeito de Campos e filho do ex-governador Anthony Garotinho) também começa a ganhar forma, mas ainda depende de variáveis jurídicas e políticas.

Nos próximos meses, os movimentos do senador Carlos Portinho devem ser acompanhados com atenção. Ele pode ser o nome de consenso em meio à disputa interna que agita os bastidores do poder fluminense.

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