Quando o impulso pessoal compromete a imagem institucional
Itaperuna 17 de abril de 2025
Em um cenário cada vez mais marcado pela velocidade das informações e pela força das redes sociais, a comunicação pública exige responsabilidade, preparo e discernimento. No entanto, o que se vê com frequência são agentes ou simpatizantes de determinadas gestões se antecipando a qualquer crítica — ainda que legítima — com comentários apressados e fora de contexto.
Recentemente, circulou em um grupo de discussão política uma resposta mal articulada, feita por um integrante que se posicionou em defesa da atual gestão municipal. Sem sequer compreender o conteúdo original da publicação que motivou o debate, o interlocutor resolveu promover comparações rasas entre gestões e enaltecer os feitos dos primeiros 100 dias do novo governo, como se isso fosse suficiente para desqualificar qualquer observação feita pela sociedade.
Esse tipo de atitude revela não apenas despreparo, mas um excesso de zelo que, na prática, torna-se um desserviço. A gestão pública deve ser defendida com trabalho, resultados e transparência — e não por discursos improvisados de quem tenta, muitas vezes, aparecer mais do que contribuir.
Importante lembrar que iniciativas pessoais tomadas SEM o aval oficial de uma administração podem causar ruídos desnecessários e prejudicar a credibilidade de um governo que busca se firmar. Em tempos em que a população está cada vez mais exigente, o profissionalismo e o compromisso com a verdade devem sempre falar mais alto.
Nota final: Esta análise não se dirige aos críticos de má-fé que, pagos ou motivados por interesses obscuros, atacam de forma sistemática tanto a imprensa quanto a gestão pública. Esses, por si só, já perderam o direito ao debate honesto. A observação feita aqui diz respeito a uma situação pontual, que julgamos pertinente esclarecer — não por dar importância exagerada ao episódio, mas por entender que, em determinados momentos, o silêncio pode custar mais do que a palavra bem colocada.