Itaperuna – Ecos de um Novo Tempo: Reflexão Necessária
Itaperuna 07 de janeiro de 2024
Em tempos de mudanças, é comum que narrativas surjam para moldar percepções. Nos bastidores, palavras trocadas em grupos de WhatsApp tentam redesenhar a realidade: uns lamentam o fim de velhas regalias, enquanto outros exaltam o mínimo como se fosse um feito histórico. Nesse jogo de versões, a verdade corre o risco de se perder.
É importante chamar atenção para os discursos que buscam desviar o foco. Acusar aqueles que fazem críticas ou reportagens é uma estratégia antiga para silenciar vozes independentes. Blogs e veículos de comunicação que apenas cumprem seu papel em divulgar fatos viram alvo de ataques gratuitos. O objetivo? Criar uma cortina de fumaça que ofusque a análise crítica da gestão pública.
Por outro lado, há quem transforme qualquer evento básico em uma celebração (são os novatos tentando mostrar serviço). Até mesmo o retorno do abastecimento de água pela concessionária vira motivo de agradecimento e louvores, como se fosse um presente, e não um direito. Esse comportamento mostra como, muitas vezes, as prioridades são invertidas: em vez de exigir melhorias reais, satisfazemo-nos com o funcionamento do que já deveria ser garantido.
É aqui que precisamos convocar a população remota e geral para não se deixar enganar por discursos baseados em favoritismo ou interesses pessoais. Governos vêm e vão, mas a responsabilidade de acompanhar e fiscalizar permanece com cada cidadão. Precisamos questionar, refletir e exigir mais do que promessas e narrativas; precisamos de ações que efetivamente melhorem a qualidade de vida da comunidade.
A política não deve ser um espetáculo onde aplaudimos a quem mais nos favorece. Ela deve ser um espaço para a construção coletiva, onde os interesses públicos prevaleçam sobre os individuais. Que possamos ir além das palavras e dos gestos simbólicos, caminhando em direção a uma gestão que verdadeiramente se preocupe com as pessoas e não apenas com os aplausos.
Afinal, o verdadeiro progresso se mede pelo impacto positivo na vida de todos – não apenas na daqueles que estão mais próximos do poder.
O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA
