O Descaso da Gestão Municipal de Itaperuna: Um Olhar Crítico sobre o Tratamento aos Profissionais e Crianças do Espectro Autista

Itaperuna 02 de dezembro de 2024

A administração do prefeito Alfredão tem gerado uma série de questionamentos e preocupações entre os que dependem da educação municipal de Itaperuna, especialmente no que diz respeito ao tratamento dado aos profissionais da educação e, mais alarmante ainda, às crianças autistas do município que dependem de mediadoras. Em um panorama de descaso e desrespeito, as demandas dessas crianças estão sendo negligenciadas de maneira preocupante.

Recentemente, um grupo de mediadoras de alunos do espectro autista relatou situações graves de desvalorização profissional, com contratos abruptamente cancelados, 1/3 não pago e um total descompromisso por parte da gestão municipal. O que deveria ser uma rede de apoio para garantir a inclusão e o acompanhamento adequado para os alunos com autismo, tornou-se um ambiente de incertezas e insegurança para essas profissionais e para seus responsáveis.

Cancelamento de Contratos sem Aviso Prévio

Mediadoras contratadas para atender crianças com necessidades específicas tiveram seus contratos cancelados sem qualquer aviso prévio, apesar de seus compromissos e obrigações ainda estarem em vigor até fevereiro. Sem um comunicado formal ou justificativas claras, as profissionais se viram desamparadas e sem qualquer respaldo da administração municipal. O que se segue é um cenário ainda mais alarmante: algumas mediadoras continuam a trabalhar sem receber pelos serviços prestados. Uma situação de extrema desvalorização e insegurança que compromete não só a qualidade do atendimento, mas também a confiança dos profissionais na gestão municipal.

O Impacto Direto nas Crianças Autistas

As crianças autistas de Itaperuna, que já enfrentam grandes desafios no processo de inclusão escolar e social, são as principais vítimas desse descaso. As mediadoras desempenham um papel crucial no suporte diário desses alunos, proporcionando não apenas assistência pedagógica, mas também emocional e social. A ausência dessas profissionais afeta diretamente a educação dessas crianças, comprometendo seu desenvolvimento e a qualidade do ensino que recebem.

A falta de preparo da gestão municipal para lidar com questões tão sensíveis, como a inclusão de crianças com autismo, é inaceitável. O município parece ignorar a importância da presença constante de mediadoras, essenciais para a adaptação e o progresso dos alunos que necessitam de cuidados específicos.

A Luta por Direitos

Em meio a essa situação, as mediadoras não se calam. Elas buscam meios legais para garantir que seus direitos sejam respeitados e que a educação e o cuidado com as crianças autistas voltem a ser tratados com a seriedade e dignidade que merecem. No entanto, até agora, a resposta da Prefeitura tem sido de omissão e desrespeito, deixando claro que a administração de Alfredão não prioriza nem os profissionais que trabalham para garantir o atendimento de qualidade, nem as crianças que necessitam de uma educação inclusiva e adaptada às suas necessidades.

O que se observa em Itaperuna é uma gestão municipal distante das necessidades reais da população, especialmente daqueles que mais necessitam de apoio e atenção, como as crianças autistas. O descaso com os profissionais e, principalmente, com os direitos das crianças, não pode continuar. O prefeito Alfredão precisa ser mais transparente e assumir sua responsabilidade em garantir que todos, desde os profissionais da educação até os alunos com necessidades especiais, tenham suas necessidades atendidas com respeito e dignidade.

É fundamental que a sociedade se mobilize para cobrar ações concretas e melhorias, para que o município de Itaperuna seja, de fato, inclusivo e justo para todos. A luta por uma educação de qualidade e para o reconhecimento dos direitos das crianças autistas deve ser uma prioridade, e não uma promessa vazia.

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