Itaperuna: Oliver Trajano retorna à Secretaria de Educação em cargo comissionado e movimenta bastidores
Itaperuna 08 de novembro de 2024
Os Bastidores da Política
Novembro 8, 2024
A nomeação de Oliver Trajano Silva Barros como Superintendente de Coordenação da Secretaria de Educação de Itaperuna, publicada ontem (06/11), chamou atenção nos bastidores da política municipal. Oliver, que anteriormente havia deixado o cargo de Secretário de Educação em agosto para coordenar a campanha de reeleição do prefeito Alfredão, retorna à secretaria em um cargo comissionado, marcando presença na gestão ainda que em posição secundária. Sua nomeação causou surpresa nos meios políticos e repercutiu mal entre o time de primeiro escalão do prefeito Alfredão.
Durante uma sessão legislativa, o vereador Sinei Torresmo usou a tribuna para fazer críticas diretas à gestão. Em seu pronunciamento, questionou as prioridades do prefeito Alfredão ao sinalizar uma moção de repúdio contra ele que exerceu seu papel fiscalizador. Segundo Sinei, o prefeito deveria, ao invés disso, apresentar uma moção de repúdio contra secretários que permitiram a falta de merenda escolar e material para os estudantes da rede municipal. Embora não tenha mencionado diretamente, o vereador deixou subentendido que se referia ao papel de Oliver no comando da pasta, levantando dúvidas sobre a atuação e o compromisso da secretaria com a educação do município.
“Por que o senhor não deu essa nota de repúdio?” – questionou Sinei, cobrando posicionamento do prefeito sobre as falhas na gestão da educação. A declaração do vereador ressaltou a insatisfação de parte da Câmara com a condução dos serviços essenciais para a população, em especial na educação.
A situação foi amplamente comentada pelo site Noroeste Informa, que destacou a surpresa da nomeação de Oliver em uma posição que, embora não seja a de secretário, lhe permite exercer influência nas decisões até o final do mandato de Alfredão. Com a derrota do atual prefeito nas últimas eleições, a expectativa é de que Oliver permaneça no cargo pelos próximos dois meses, gerando questionamentos sobre seu real poder de decisão e o impacto de sua atuação nos últimos dias dessa gestão.