Crise na Saúde Pública: Paciente em Estado Gravíssimo Aguarda Regulação e Diagnóstico na UPA de Itaperuna-RJ
Itaperuna 27 de novembro de 2024
A Covardia que acontece na UPA de Itaperuna
A crise no sistema de saúde pública de Itaperuna tem colocado vidas em risco, como no caso de um paciente que enfrenta uma condição grave e debilitante, enquanto aguarda por atendimento especializado.
O homem, cuja identidade será preservada por razões de privacidade, apresenta um quadro preocupante: linfonodos visíveis no pescoço, abdômen inchado, caroços espalhados pelo corpo, perda significativa de peso e dificuldades para se alimentar. Exames preliminares indicaram suspeitas de problemas no sangue, como possível leucemia, além de líquido no pulmão. Apesar da urgência evidente, o paciente ainda não conseguiu acesso a uma vaga pela regulação do estado para a realização de uma biópsia e exames mais aprofundados.
A família, diante da morosidade do sistema público, precisou organizar uma vaquinha para custear exames de imagem, como ultrassonografia do pescoço e tomografias, cujo diagnóstico apontou um quadro já avançado. Mesmo assim, a transferência para um hospital especializado continua pendente.
“Ele está extremamente debilitado, mal consegue comer e a cada dia perde mais peso. Estamos em um verdadeiro jogo de empurra entre unidades de saúde e a regulação do estado. A única resposta que recebemos é que ‘não há vagas disponíveis’,” relata um familiar.
A situação é agravada pela falta de informações claras sobre o estado do paciente e o plano de tratamento. Após inúmeras idas e vindas entre a UPA e a UPA, a única solução apresentada foi incluí-lo na lista de espera, sem qualquer garantia de quando será atendido.
“Fomos à assistente social, à Secretaria de Saúde e até nas redes sociais para tentar ajuda. Meu irmão está na sala amarela, dopado de remédios para suportar a dor. Não sabemos o que mais fazer,” desabafa outro parente.
Esse caso expõe a fragilidade do sistema de saúde local, que deixa famílias desamparadas e pacientes sem o tratamento adequado. Enquanto o paciente aguarda por uma vaga na regulação estadual, a saúde dele continua a deteriorar-se, colocando em risco sua vida.
A família clama por uma resposta urgente do Prefeito Alfredão e das autoridades de saúde para que o paciente tenha acesso imediato aos recursos necessários para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz. “Sabemos que quem dá a palavra final é Deus, mas precisamos de ação agora. Não é justo ver alguém definhar dessa forma enquanto o prefeito se acovarda,” conclui o familiar.
Esse caso é um reflexo da realidade de muitos itaperunenses que dependem exclusivamente da saúde pública. É urgente que medidas sejam tomadas para melhorar o atendimento, reduzir a espera e garantir que situações como essa não se repitam.
