Rodrigo Amorim: A face da violência na política carioca


Itaperuna 01 de setembro de 2024

Neste domingo, o cenário político do Rio de Janeiro foi novamente marcado por um episódio alarmante de violência e intolerância. Rodrigo Amorim, deputado estadual e candidato à prefeitura pelo União Brasil, está no centro de uma grave acusação: ele e seus cabos eleitorais teriam agredido covardemente o candidato a vereador pelo PT, Leonel de Esquerda. A agressão ocorreu na Praça Varnhagen, na Tijuca, e deixou Leonel hospitalizado com fraturas no nariz e na boca.

O ocorrido é mais um triste exemplo da crescente onda de violência política que assola o país, especialmente quando vemos aqueles que deveriam zelar pela democracia recorrerem a atos brutais contra seus adversários. Rodrigo Amorim, que ironicamente se apresenta como um defensor da ordem e da justiça, se envolveu em um episódio que revela o abismo entre seu discurso público e suas ações.

A vítima, Leonel de Esquerda, estava realizando um trabalho legítimo de campanha, distribuindo material na praça, quando foi confrontado por Amorim, que estava acompanhado de seus cabos eleitorais. O que começou como uma troca de palavras logo evoluiu para agressões físicas, resultando em graves ferimentos para Leonel. Até o momento, o boletim médico do candidato não foi divulgado, mas sabe-se que ele sofreu fraturas no rosto e permanece internado.

Em sua defesa, Rodrigo Amorim alega que agiu em legítima defesa, tentando desviar um celular que Leonel usava para filmá-lo enquanto, supostamente, proferia ofensas. No entanto, testemunhas no local relatam uma situação muito diferente, em que Leonel foi cercado e espancado de forma covarde, sem qualquer justificativa plausível.

Este episódio expõe a hipocrisia de Amorim, que frequentemente sobe em palanques defendendo valores de sua sigla, mas que, na prática, demonstra o oposto, recorrendo à violência para calar seus opositores. A democracia brasileira, já tão fragilizada, sofre mais um golpe com atitudes como essa, que tentam intimidar e silenciar aqueles que lutam por seus ideais.

A situação já foi denunciada às autoridades, e tanto Leonel quanto Amorim prestaram queixa na Polícia Civil, que agora investiga o caso. Enquanto aguardamos por justiça, fica o alerta sobre o perigo que figuras como Rodrigo Amorim representam para o processo democrático e a necessidade de que a política seja um espaço de debate e não de agressão.


O Globo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *