Justiça manda Matheus do Waguinho, candidato à prefeitura de Belford Roxo, trocar o nome na urna

Itaperuna 01 de setembro de 2024

Sobrinho do prefeito Waguinho tem três dias para fazer alteração. Ação foi movida por Márcio Canella (União Brasil), inimigo político na cidade

O juiz Andre Ricardo de Franciscis Ramos, da 154ª Zona Eleitoral, determinou que Matheus do Waguinho, candidato do Republicanos à prefeitura de Belford Roxo troque o nome que será utilizado na urna eletrônica, estabelecendo para isso um prazo de três dias. Sobrinho do atual prefeito Wagner Carneiro, Matheus Carneiro Barros utiliza na campanha eleitoral nome de seu tio, que é o atual prefeito da cidade e também presidente regional do Republicanos. A ação foi movida pelo candidato adversário Márcio Canella, do União Brasil.

Waguinho ganhou projeção política nacional por ser um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Baixada Fluminense. Ele é casado com Daniela do Waguinho, ex-ministra do Turismo de Lula.

Na intimação, o juiz diz que o nome escolhido pelo candidato faz referência ao atual prefeito do município de Belford Roxo, portanto, se faz necessária a mudança para não confundir o eleitor: “o nome para constar na urna eletrônica não deve estabelecer dúvida quanto à identidade do candidato”. O juiz cita ainda uma decisão do Tribunal Regional Eleitora do Rio em 2022, quando analisou o caso do deputado federal Hélio Lopes (PL) que queria concorrer com o nome de Hélio Bolsonaro e foi impedido porque não fazia parte da família do ex-presidente Jair Bolsonaro e poderia gerar confusão

Conforme pesquisa Quaest, o deputado estadual bolsonarista Márcio Canella (União Brasil) aparece na frente das intenções de voto com 48%, contra 26% de Matheus do Waguinho.

Matheus do Waguinho concorre este ano pela primeira vez e tem como principal adversário Márci Canella, eleito como vice de Waguinho, hoje seu inimigo político. O racha entre eles começa nas eleições de 2022. Primeiro, o prefeito, à época também no União Brasil, vetou a indicação do aliado para a vice do governador Cláudio Castro (PL). Depois, houve o racha por Waguinho apoiar o, na ocasião, candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Canella escolheu à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

O rompimento foi consolidado em março do ano passado, quando Waguinho informou que ao invés de apoiar a candidatura de Canella à prefeitura de Belford Roxo, apostaria no sobrinho. Adiante, Waguinho ainda teve uma conturbada saída do União Brasil para assumir o diretório fluminense do Republicanos.

Fonte : O Globo

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