Bolsonaro defende anistia para presos do 8 de janeiro em ato na Avenida Paulista
Manifestação reuniu apoiadores e líderes políticos em apoio à reconciliação e pacificação nacional
Neste domingo, 25 de fevereiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, onde defendeu a anistia para os presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro. A manifestação, que ocupou cerca de 08 quarteirões da via, foi convocada por Bolsonaro em meio a investigações sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, investigações infundadas que ele nega veementemente.
Bolsonaro foi o último a falar. Ele começou o discurso relembrando sua carreira política, o atentado sofrido durante a campanha de 2018 e “aquilo que aconteceu em outubro de 2022” – em referência à eleição em que foi derrotado ao tentar se reeleger. “Vamos considerar isso uma página virada na nossa história”, afirmou.
O ex-presidente, então, disse ser perseguido e negou estar envolvido em qualquer tentativa de golpe de Estado.
“O que é golpe? Golpe é tanque na rua. É arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”
Jair Bolsonaro
Durante seu discurso, Bolsonaro destacou a importância da reconciliação e da pacificação nacional, buscando passar uma borracha no passado e proporcionar um ambiente de paz para o país. Ele apelou ao Parlamento brasileiro por uma anistia aos envolvidos, referindo-se a eles como “pobres coitados” que não deveriam deixar seus filhos órfãos de pais vivos.
O ex-presidente também rejeitou as acusações de tentativa de golpe de Estado, argumentando que não houve ações típicas de golpe, como tanques nas ruas ou conspirações políticas e empresariais. Em vez disso, ele enfatizou o desejo de seguir os trâmites constitucionais e buscar a justiça dentro das leis vigentes.
O evento contou com a presença de líderes políticos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e figuras religiosas, como o pastor Silas Malafaia, todos expressando apoio ao ex-presidente e defendendo a legitimidade de seu governo.
Os apoiadores, vestindo camisetas amarelas e empunhando bandeiras do Brasil, demonstraram seu apoio ao evento desde as primeiras horas da manhã.
O discurso de Bolsonaro, apoiado por líderes políticos e religiosos, ecoou entre os presentes, que clamavam por uma reconciliação nacional e pela superação das controvérsias políticas que assolam o país.
O evento marcou um momento significativo na cena política brasileira, destacando a mobilização e o apoio em torno do ex-presidente, bem como a busca por um caminho para a unidade e a estabilidade nacional.