Assessor da Alerj é preso em operação contra fraude na compra de respiradores no Rio durante pandemia

Itaperuna 10 de novembro de 2023

Atualmente, Rui Tomé de Souza Aguiar tem o cargo de assessor parlamentar I com salário líquido de R$ 9.256,84

Rui Tomé de Souza Aguiar foi preso na manhã desta sexta-feira durante a Operação Éolo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), e pela Polícia Civil. Além dele, outras quatro pessoas foram presas. De acordo com as investigações, uma organização superfaturou a compra de nove respiradores mecânicos para o combate à Covid-19 em Carmo, cidade na Região Serrana do estado, durante a pandemia.

Outras três pessoas ainda são alvos de mandados de prisão. As equipes também cumprem 10 mandados de busca e apreensão, um deles contra o ex-prefeito do município serrano Paulo César Ladeira.

A investigação, a cargo da 112ª DP (Carmo), indicou que, ainda em 2020, houve a compra superfaturada dos equipamentos. Na época da aquisição, Rui era assessor da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Hoje, ele está lotado no gabinete do deputado estadual Andrezinho Ceciliano., com salário líquido de R$ 9.256,84. Rui foi preso nesta manhã em Barra da Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

Segundo o delegado titular da 112ª DP, Herbert Tavares, Rui foi o mediador da ação:

— Quem permitiu tudo foi um assessor parlamentar ligado a um deputado da Alerj. Quando soube da verba, fez um contato com o (então) prefeito de Carmo através do antigo secretário de Meio Ambiente, que foi intermediário, para que a proposta fosse vencedora diante do acerto de propina — explica.

Segundo o MPRJ, os valores foram pagos com recursos destinados pela Alerj ao município de Carmo. Outro ponto da investigação é que os equipamento adquiridos não funcionavam. Dos nove, quatro estavam quebrados.

— Em 2020, no auge da pandemia, a Alerj autorizou uma verba de R$ 1 milhão para cada município para uso emergencial. Carmo foi autorizada para a compra de respiradores, mas foi superfaturada. Vieram quebrados e faltando peças. No inquérito policial, verificamos que o equipamento de fato estava danificado, não funcionava — diz o delegado titular da 112ª DP, Herbert Tavares, que completa:

Aparelhos com defeito

As investigações apuram a aquisição de respiradores para o município de Carmo de forma fraudulenta. Um dos pontos apurados é de que os equipamentos, usados durante o tratamento de pessoas com Covid-19, estavam defeituosos e inoperantes. Éolo – nome da operação – é o deus e senhor dos ventos na mitologia grega.

De acordo com as investigações, durante o processo de contratação da empresa para o fornecimento dos respiradores, o assessor teria indicado o fornecedor que deveria ser contratado. A empresa, contratada por dispensa de licitação, ainda teria entregue os equipamentos sem o devido funcionamento.

Fonte: Extra

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