Cultura: Alexandre, o Grande

Itaperuna 17 de maio de 2023

Alexandre III, conhecido como Alexandre, o Grande, filho de Filipe II da Macedônia, foi responsável por formar um grandioso império e derrotar os persas em cerca de 12 anos.

Alexandre III da Macedônia, também conhecido como Alexandre, o Grande, foi o rei do Império da Macedônia entre 336 a.C. e 323 a.C., no período helenístico da história da Grécia Antiga. Alexandre sucedeu seu pai a partir de 336 a.C. e iniciou uma série de campanhas militares, que consolidaram seu poder na Grécia e conquistaram inúmeros territórios na Ásia, estendendo seu império até as margens do Rio Indo.

Ascensão de Alexandre ao poder

Os macedônios eram um povo que habitava o norte da Grécia e que se considerava helenizado, inclusive compartilhando muitos elementos culturais com os gregos. Em 338 a.C., durante a Batalha de Queroneia, Filipe II da Macedônia venceu uma liga grega liderada por Atenas e Tebas e marcou o início do domínio macedônico na região. Esse foi o fim do período clássico da história grega e início do período helenístico.

Filipe II tinha planos de organizar um grande exército, composto de macedônios e gregos, para iniciar uma campanha de conquista dos territórios do Império Persa e derrotar o rei Dario III. Seu projeto era visto com desconfiança por muitos gregos, sobretudo pelos atenienses. Em 336 a.C., o plano de Filipe II foi colocado em xeque após ele ser assassinado por seu guarda-costas, Pausânias. ( Contínua após a publicidade)

O assassinato de Filipe II, segundo os historiadores, pode ter acontecido por questão pessoal e passional envolvendo ele e Pausânias, como pode ter sido também parte de uma conspiração dos inimigos do rei visando assassinar tanto Filipe quanto Alexandre, seu filho e sucessor. Com o assassinato de Filipe II, Alexandre assumiu o trono macedônio aos 20 anos.

O assassinato de Filipe em 336 a.C. desencadeou uma forte crise na Macedônia, e Alexandre teve de assumir posturas enérgicas para reafirmar seu poder sobre a região. Primeiramente, Alexandre precisou impor-se contra usurpadores que tentavam tomar seu trono: seu primo Amintas e os príncipes da família que controlavam uma região chamada Lincestida. As ações de Alexandre foram eficazes, e Amintas e os príncipes da Lincestida foram executados a mando do rei macedônio.

Morte de Alexandre

A última fase das conquistas de Alexandre aconteceu na Índia. Alexandre tentou impor seu domínio sobre os reinos que existiam na região além do Rio Indo e encontrou as batalhas mais difíceis de sua trajetória entre 326 a.C. e 325 a.C. Ele travou (e venceu) uma grande e sangrenta batalha contra Poro, rei dos pauravas, e pôs fim a sua campanha após seus soldados informarem-no o desejo de não continuar com os avanços.

Com isso, Alexandre retornou para a Babilônia, onde permaneceu entre 324 a.C. e 323 a.C. Durante sua estadia nessa cidade, ele passou a planejar a campanha de conquista da Península Arábica. Os planos de Alexandre foram interrompidos após ele contrair uma febre fulminante, que o levou a falecer poucos dias depois, em junho de 323 a.C.

Não se sabe ao certo as causas da morte de Alexandre, mas, atualmente, especula-se que ele possa ter morrido em decorrência de febre tifoide ou malária (a hipótese de envenenamento não é muito aceita pelos historiadores). A morte de Alexandre levou a uma crise sucessória, uma vez que não havia um herdeiro estabelecido (sua esposa Roxana estava grávida). Iniciou-se, então, uma disputa pelo poder entre os generais de Alexandre, o que provocou a fragmentação do Império Macedônio.


Por Daniel Neves
Graduado em História

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