Cláudio Castro avisa que não vai hostilizar Lula e se declara um político de centro-direita

Itaperuna 16 de maio de 2022

O governador do Rio de Janeiro é bastante crítico ao deputado federal Marcelo Freixo, e não poderia ser diferente, já que se trata de seu principal adversário na eleição para o governo do estado. Mas não tem posições duras em relação aos demais, assim como evita tomar atitudes taxativas sobre os líderes nacionais que competem em outubro. Não nega sua ligação com Bolsonaro, mas também não hostiliza Lula. A rigor, deixa claro, nesta entrevista ao Globo que, como governador, tem mais o que fazer do que se preocupar com a eleição presidencial. Sua prioridade é o estado.

Eis alguns trechos da entrevista:

 Candidato à reeleição, o governador Cláudio Castro (PL) afirma que não quer nacionalizar a disputa. Correligionário do presidente Jair Bolsonaro, ele tem evitado criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sinaliza para eleitores de esquerda. No cenário local, porém, alfineta seu principal adversário até agora, segundo as pesquisas: ‘Estou do lado da polícia, nunca dos bandidos. Isso eu deixo para o Marcelo Freixo’. Castro é o primeiro entrevistado da série com pré-candidatos aos governos de Rio, São Paulo e Minas Gerais.

– O senhor é do PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, mas nunca critica o ex-presidente Lula. Por que?

– Sou apoiador do Bolsonaro, nunca neguei o alinhamento a ele, mas sempre tem gente querendo criar confusão nisso. Não vou criticar o Lula porque estou preocupado com o estado. Enxergo com pragmatismo. Os dois mandatos dele tiveram coisas boas e ruins. Meu papel é falar do Rio e não quero nacionalizar a eleição estadual. O bolsonarista, o lulista, o cirista, o morador do Rio em geral, podem esperar do Cláudio Castro alguém que governará o estado com uma enorme paixão.

– O senhor, afinal, é um político de direita, centro ou de esquerda?

– Centro-direita. Sou bem liberal na economia, fiz a concessão da Cedae e acredito em outras. Mas também acredito que o Estado precisa de um olhar mais sensível aos mais vulneráveis. Distribuímos cafés da manhã populares para trabalhadores e retomei as políticas ambientais, associadas à esquerda.

– Por que não divulga quanto custou a sua festa de aniverrsário e quem pagou por ela?

– Ainda há uma dificuldade da sociedade em aceitar quem faz as coisas às claras. O Freixo, fiscal de salgadinhos, vai explorar isto, mas o Felipe Santa Cruz (pré-candidato a prefeito pelo PSD), que foi à festa, não poderá falar nada. Quanto a esta prestação de contas, se um dia o Ministério Público pedir esclarecimentos, darei toda comprovação. Fora isso, é um evento privado e sem dinheiro público.

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