Jovem alega que “não deveria ter nascido” e ganha processo contra médico da mãe

Itaperuna 06 de dezembro de 2021

Segundo a acusação, o médico teria dito que apenas uma boa alimentação anterior a gestação era suficiente para que a bebê nascesse saudável

A britância Evie Toombes, de 20 anos, processou o clínico-geral que atendeu sua mãe antes da gravidez. Ela sofreu de uma má formação na coluna e, por conta disso, precisava ficar conectada a tubos por longos períodos. À justiça, a jovem alegou que o profissional da saúde não informou à mãe sobre a importância de tomar vitaminas importantes na gravidez. Ao vencer o processo, Toombes deve ganhar uma indenização milionária que ainda está sendo calculada, mas que cobrirá tratamentos médicos pelo resto de sua vida.

Ao Jornal The Sun, a garota relatou que o médico, Philip Mitchell, não indicou que sua mãe, Caroline Toombes, tomasse ácido fólico.

A vitamina é importante para o processo de formação do feto, antes da gravidez. Segundo a acusação, caso Caroline tivesse recebido a recomendação, a gravidez teria sido adiantada, provavelmente, a jovem não teria nascido.

Evie foi diagnosticada com espinha bífida em novembro de 2021. Por conta da má formação, sua mobilidade é limitada.

Com o tempo, Evie dependerá, cada vez mais, de cadeira de rodas. Ela também sofre de problemas intestinais e de bexiga.

No julgamento, a mãe de Evie relatou que foi até o consultório do médico planejar sua primeira gravide. Segundo ela, eles teriam conversado sobre o uso de vitaminas, mas em nenhum momento foi discutida a importância do uso do ácido fólico para evitar malformações. “Ele disse que não era necessário. Fui informada de que, se tivesse uma boa dieta anteriormente, não teria que tomar ácido fólico. Ele me disse para ir para casa e “fazer muito sexo”, o que foi muito “rude”, conta.

A defesa do médico, por sua vez, alega que a mulher já poderia estar grávida ao entrar em contato com o Dr. Mitchell. Além disso, o clínico na verdade teria indicado que se a mulher tivesse uma boa dieta, os suplementos seriam menos importantes. Ele nega que tenha dispensado o uso da vitamina.

A Suprema Corte de Londres, no entanto, deu razão a Evie. A jovem deve receber indenização milionária que deve cobrir seus gastos com a saúde pelo resto da vida.

Fonte: Nação Jurídica

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