Reformulado’, PSL do Rio mira família Garotinho, filha de Eduardo Cunha e Chiquinho Brazão

Itaperuna 13 de agosto de 2021

Com um fundo partidário generoso à disposição e aguardando um aporte também volumoso de recursos carimbados para a eleição do ano que vem, o presidente do PSL no estado, Waguinho, prefeito de Belford Roxo, já montou a estratégia para “remodelar” a legenda e ampliar o espaço a partir de 2022: atrair famílias tradicionais da política fluminense. Cunha, Garotinho, Brazão e Abrão David estão na lista, em uma configuração que preenche espaços na capital, na Baixada e no Norte Fluminense.

A investida começou por Campos dos Goytacazes. O ex-governador Anthony Garotinho prepara o embarque — e também o discurso: quando o interesse foi revelado, ele disse que os eleitores poderiam não entender a decisão de migrar para uma legenda associada ao bolsonarismo, mas argumentou que o tempo de televisão e o fundo eleitoral são fatores determinantes. Ele sonha com com uma candidatura à Câmara dos Deputados, mas condenações judiciais podem, novamente, impedir a trajetória, assim como em 2018, quando foi barrado na corrida pelo governo do Rio.

A deputada federal Clarissa Garotinho, que entrou em rota de colisão com o Pros, deve acompanhá-lo. A mulher, Rosinha Garotinho, ex-governadora, também teve o nome ventilado — recentemente, no entanto, ela abriu uma loja de bolos e se disse afastada da política.

A formatação do “novo PSL” deve permitir, inclusive, a reunião de adversários. Outra possibilidade é a entrada de Danielle Cunha, filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A publicitária já concorreu a deputada federal pelo MDB, mas a candidatura naufragou, com pouco mais de 13 mil votos. O ex-deputado e Garotinho, que chegaram a ser aliados, estão rompidos há duas décadas. Waguinho, afilhado político de Cunha, já deixou as portas abertas:

— Ainda não houve nenhum pedido do Eduardo (Cunha) nesse sentido, mas pode ser que lá na frente ele peça isso.

Os cerca de R$ 100 milhões de fundo eleitoral, no cálculo de Waguinho, previstos para o ano que vem também devem servir como atrativo para o deputado federal Chiquinho Brazão (Avante-RJ) e o estadual Manoel Brazão (PL). O chefe do clã familiar, Domingos, já foi deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, posto do qual foi afastado por denúncias de corrupção. Ele também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob suspeita de obstruir as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco. Domingos nega as acusações.

Fonte: Extra

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