No Mês da Primeira Infância, ação do MEC para estimular leitura é destaque na programação
Itaperuna 06 de agosto de 2021
Eventos promovidos durante mês de agosto promovem parceria entre ministérios para levar livros e material didático a beneficiários do Programa Criança Feliz
Desde segunda-feira (02.08), especialistas em primeira infância estão reunidos para debater ações de promoção do pleno desenvolvimento nos anos iniciais de vida. Temas como políticas públicas, intersetorialidade, vínculo familiar, educação financeira e estímulo por meio de brincadeiras fazem parte dos debates do Mês da Primeira Infância, promovido pelo Ministério da Cidadania até o fim de agosto. Um dos destaques da programação é uma ferramenta considerada essencial nessa missão: o livro.
O evento de abertura abordou a literacia emergente em contexto familiar. Responsável pelo programa “Conta pra Mim” e coordenador de Monitoramento e Avaliação Educacional do Ministério da Educação (MEC), Eduardo Federizzi Sallenave, destacou que a leitura é uma habilidade fundamental para exercer a cidadania.
“Pesquisadores americanos apontaram que crianças de famílias instruídas escutavam 30 milhões de palavras a mais do que criança em situação de vulnerabilidade. O vocabulário precede o sucesso escolar e as condições de partida são muito desiguais”, explicou.
Com o intuito de democratizar o acesso dos beneficiários do Criança Feliz ao universo das letras, o Ministério da Cidadania estabeleceu uma parceria com o Ministério da Educação para expandir a ação do “Conta pra Mim”. Um kit com livros, bloco de papel, giz de cera, calendário de leitura está sendo elaborado e será distribuído aos beneficiários do Criança Feliz. O material inclui ainda uma cartilha com orientações para ajudar a família a desenvolver o hábito de ler.
Segundo a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda, o acesso às técnicas de literacia familiar são fundamentais para o estímulo da aquisição da linguagem. “O hábito de ler deve ser estimulado desde os primeiros anos de vida, para que a criança aprenda na primeira infância que ler é algo importante, prazeroso e dinâmico”, afirmou.
Para o coordenador do MEC, os visitadores têm um papel importante na hora de ajudar as famílias a transformar a novidade em hábito. “Os pais devem conversar com a criança, contar histórias, interagir com ela enquanto lê, permitir que ela tente escrever e se familiarizar com as letras do alfabeto, além de estimular atividades que envolvam desenho, música, passeios, jogos e brincadeiras”, salientou.
Maior programa de visitação domiciliar do mundo destinado ao público da primeira infância, o Criança Feliz tornou-se referência internacional em políticas públicas e recebeu diversos prêmios de prestígio global. Por meio da ação, já foram realizadas mais de 48 milhões de visitas, com 1,3 milhão de crianças e gestantes assistidas.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania