Flordelis tem transferência determinada pela Justiça
Itaperuna 18 de agosto de 2021
A Justiça do Rio determinou, nesta terça-feira (17), a transferência de presídio da ex-deputada federal Flordelis, presa pela morte do então marido, o pastor Anderson do Carmo.
Flordelis será levada do Instituto Penal Santo Expedito, onde está desde sexta-feira (13), para o Talavera Bruce. Ambas as unidades ficam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
Uma ordem judicial proíbe o contato entre Flordelis e as quatro demais rés do processo.
Até esta terça, estavam na Santo Expedito: Flordelis, a neta Rayane dos Santos Oliveira e Andreia Santos Maia, mulher do ex-PM Siqueira Costa – acusada de fraudar carta em que filho do casal confessa morte de pastor.
Juíza nega transferência para Campos
A decisão desta terça foi da juíza Nearis Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói – a mesma que determinou a prisão de Flordelis.
No despacho, a juíza argumenta que, apesar do pedido dos advogados de acusação para que ela fosse para a Unidade Prisional Nilza da Silva Santos, em Campos, no Norte Fluminense, a Seap enviou ofício afirmando que as rés estavam “acauteladas em diferentes galerias, sem qualquer contato entre si”.
Filha também será transferida
Também estão em Bangu outras duas rés – são 5 mulheres entre os 11 acusados: Marzy Teixeira da Silva, na Talavera Bruce; e Simone dos Santos Rodrigues, no Instituto Penal Oscar Stevenson.
A magistrada determinou que Marzy, filha de Flordelis, seja levada para o Santo Expedito – de onde sairá a ex-deputada – em galeria separada de qualquer outra ré do processo.
“Diante do número reduzido de unidades prisionais destinadas a detentas do sexo feminino, aliado ao número de rés presas no presente feito; cinco, não se faz possível o cumprimento stricto sensu da determinação deste Juízo quanto à manutenção das denunciadas em unidades prisionais diversas”, escreve a magistrada.
A juíza explica a negativa do pedido da transferência para Campos. “Mostra-se inadequada, especialmente em razão da distância desta comarca em relação àquela.”
A magistrada também reforçou a proibição de qualquer contato entre os réus do processo.
Flordelis é acusada da ser a mandante do assassinato do pastor Anderson, morto a tiros em junho de 2019 no portão da casa da família, em Niterói.
Ela responderá por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis nega o crime.
Fonte: Tribuna NF