No dia em que tenta confundir senadores na CPI, Witzel se torna réu na Justiça Federal

Itaperuna 17 de junho de 2021

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No dia em que depôs na CPI da Covid, com o nítido propósito de confundir os senadores, fazendo da tribuna palanque de defesa das acusações que resultaram em seu impeachment, Wilson Witzel se tornou réu na Justiça Federal. Também foram aceitas denúncias do Ministério Público contra outras 11 pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha que teria praticado vários crimes contra o Estado do Rio de Janeiro .

Ao receber a denúncia, a juíza federal Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal, tornou réus o ex-governador, a esposa dele, Helena Witzel, o ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos e outros nomes acusados pelo MPF de integrar uma organização criminosa que praticava corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

Também nesta quarta, o ex-governador foi ouvido na CPI da Covid, no Senado Federal. Na sessão, Witzel acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de deixar os governadores “à mercê da desgraça que viria”, se referindo à pandemia de Covid.

Passaram à condição de réus:

* Wilson Witzel
* Helena Alves Witzel
* Lucas Tristão
* Gothardo Lopes
* Everaldo Dias Pereira
* Edson da Silva Torres
* Edmar José Alves dos Santos
* Victor Hugo Amaral
* Nilo Francisco da Silva
* Cláudio Marcelo Santos
* José Carlos Melo
* Carlos Frederico Loretti


Em fevereiro deste ano, antes de sofrer impeachment, Witzel já tinha passado à condição de réu em outro processo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ação, decorrente da Operação Tris in Idem, o ex-governador responde a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

A operação, desdobramento da Lava Jato no Rio, apontou que o ex-governador teria recebido, por intermédio do escritório de advocacia da mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.

Ao todo, a Procuradoria-Geral da República apresentou quatro denúncias contra Witzel no STJ. A primeira delas foi recebida pela Corte superior porque o político ainda estava no cargo de governador.

Com o impeachment, Witzel perdeu o foro privilegiado no STJ e todas as outras ações foram enviadas à primeira instância. Duas delas ainda não foram analisadas pela Justiça Federal no RJ.

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