Exclusivo: Toffoli recebeu R$ 3 mi para mudar voto e R$ 1 mi por liminar, diz Cabral. Branca Motta de Bom Jesus e Francisco Neto de Volta Redonda são citados na delação
Itaperuna 13 de maio de 2021
Sérgio Cabral disse em sua delação premiada que Dias Toffoli recebeu R$ 3 milhões para alterar seu próprio voto e mais R$ 1 milhão para conceder uma liminar, em benefício de dois prefeitos fluminenses que apresentaram recursos ao Tribunal Superior Eleitoral, revela a Crusoé. Cabral afirma que o ministro teria recebido R$ 1 milhão para conceder uma liminar para a ex-prefeita de Bom Jesus de Itabapoana Branca Motta, em 2014 e R$ 3 milhões foram pagos para Toffoli alterar seu próprio voto e reverter a cassação de mandato do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto.
O relato está num dos anexos da delação que embasou o pedido da Polícia Federal para investigar o ministro por suposta venda de decisões judiciais.
Segundo Cabral, os R$ 3 milhões foram pagos para Toffoli alterar seu próprio voto e reverter a cassação de mandato do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto. O pagamento, segundo Cabral, foi operacionalizado pela estrutura de recursos ilícitos de Luiz Fernando Pezão.
Ex-prefeito de Volta Redonda/RJ, Antônio Francisco Neto foi citado na delação de Cabral
Num primeiro julgamento do caso, em abril de 2015, Toffoli havia votado contra Francisco Neto, mas no julgamento do recurso, em junho, escreveu que era o caso de “reenquadramento” e “revaloração” das provas. O placar virou, e o prefeito de Volta Redonda reverteu a cassação.
No outro caso de suposta venda de decisão judicial de Toffoli, Cabral afirma que o ministro teria recebido R$ 1 milhão para conceder uma liminar para a ex-prefeita de Bom Jesus de Itabapoana Branca Motta, em 2014.
Fonte Crosoé